sábado, 9 de agosto de 2008

Sondas Voyager, Blog e Esgoto

 

disco_voyager

Foi assim: em 1977 e em 1978, foram lançadas ao espaço as sondas Voyager 1 e Voyager 2, contendo em cada uma delas, um disco de ouro com saudações gravadas em 54 línguas da Terra.

" - Como assim da Terra ? Saudações de quais outros mundos poderiam estar gravadas? "

Bom... é que alguns cantos do nosso planeta podem ser considerados territórios alienígenas, como por exemplo a Argentina. Ah vá! Não dá para considerar arrentinos como seres humanos!

Prossigo.

Esse lance dos discos foi tão brilhante, que se estivessem vivos, Júlio Verne e H. G. Wells sairiam no tapa brigando pela paternidade da idéia.

Vejam: as sondas Voyager eram movidas à Plutônio 238. Sendo assim, quando por ironia do destino um alienígena encontrasse as sondas e tivesse a idéia de jerico de desmontá-las, iria se contaminar com o material radioativo. Aí então ele poderia ouvir os discos para se entreter um pouco enquanto estivesse agonizando.

Poderia. Assim mesmo, no futuro do pretérito.

Seria um perfeito estratagema para matar aliens à distância, caso alguém na Nasa tivesse lembrado de mandar vitrolas junto com os discos. Como vocês podem ver, a crueldade dos cientistas da Nasa não tem limites (Desconfio que eles ficam assim após completarem 40 anos de idade, ainda virgens).

Ainda há quem diga que esta história dos discos não passou uma empreitada superfaturada do Maluf. O argumento é que tirando os cientistas onanistas, ninguém mais acreditava que as sondas pudessem ser resgatadas por seres de outros planetas, e o programa nada mais foi que um pretexto para desviar verbas. Parece que o desvio de dinheiro do programa "Alien Records" foi tão grande que os discos originais foram derretidos e substituídos por discos de latão vagabundo, made in China.

Apesar de eu conhecer alguns alienígenas (já estive na Argentina), esta segunda versão parece-me mais lógica.

E assim, da mesma forma que na década de 70 mandaram latão ao espaço sem intenção de que fosse resgatado, eu mandei este blog ao Ciberespaço sem intenção de ser lido por qualquer ser, humano ou arrentino .

Estes excrementos que escrevo, os quais tenho a maior cara de pau de chamá-los de "textos" brotam na minha mente doentia como mato, e publicá-los aqui é mais ou menos como saneamento básico mental. Uma espécie de encanamento que conduz um pouco de merda (do latim merda) para fora da minha cabeça, tanto que ando ponderando mudar o nome do Blog de "Iatrogênese" para "Esgoto".

 

Boris Casoy

:: Esta implicância com arrentinos ainda me trará problemas... Sorte que temos Celso Amorim para resolver qualquer pendenga diplomática. ::