domingo, 17 de agosto de 2008

Um péssimo amante

 

Disclaimer: Aviso às minhas pretendentes que crônica abaixo não é, ou pelo menos não deveria ser, à clef.

Ok. Eu confesso: Sou um péssimo amante.

[suspira]

Mas não é culpa minha, juro! É meu sangue, fruto de cruzamento de judeu com árabe.

Vejam: há tempos descobri uma casa de família (só tem primas lá), em que cada visita me sai por R$100,00 , com o quarto incluso. Eu pago com cartão de crédito para acumular milhagens aéreas, e já que na fatura do cartão o pute..., digo, a casa de família aparece como "Auto Posto", peço nota fiscal com o meu CPF e tenho desconto no IPVA, pelo programa Nota Fiscal Paulista.

Sem falar que é um gesto altruísta da minha parte, já que ajudo as meninas (ah! e que meninas!) a pagarem as mensalidades das respectivas faculdades.

Nunca, em nenhum relacionamento, eu gastei tão pouco! Não preciso mais me preocupar com jantares, motéis, presentes de dia dos namorados, contas de telefone por ter ficado falando horas a fio, et cetera, et cetera...
Sim. Namoro, noivado, casamento e concubinato são as formas de sexo gratuito mais caras que existem, e têm o agravante de não lhe dar muita escolha. E escolha, é essencial!

Eu explico: Só existe um motivo para não existir Viagra no oriente médio, e já adianto que o Alcorão não tem nada a ver com isto. O fato é que com a rotatividade de mulheres, não há homem no mundo que broxe!
Porém, como no islamismo promiscuidade é pecado (e aí sim Alá acha ruim), os advogados dos meus antepassados árabes acharam uma brecha na lei divina e resolveram o dilema com a poligamia.

Tô fora! Se uma esposa é sinônimo de gastos, manter um harém é pedir para ter o nome negativado no Serasa! E eu ainda nem mencionei a parte administrativa: Homem nenhum no mundo é capaz de lembrar de tantos aniversários de casamento. Isto significa que o número de sofás na casa de um polígamo deve ser diretamente proporcional ao número de esposas que ele mantém, porque sempre há o risco do cara acabar dormindo na sala.

Alá que me desculpe, mas eu prefiro ser pecador a ter o nome sujo na praça, porque broxa eu não pretendo ser. Continuarei, como um bom péssimo amante, freqüentando o pute..., digo, o "Auto Posto". E se Alá não me entender, tenho a mais absoluta certeza que Javé irá.

Shalom.